Bright | Review


Quem nos acompanha no Instagram sabe que estávamos ansiosos para a estreia do primeiro blockbuster da Netflix. A gigante do streaming apostou alto tanto no marketing do filme quanto em sua produção, cujo valor ultrapassou os 100 milhões de dólares. Além disso, antes mesmo de sua estreia, Bright já havia garantido a sua continuação e avançado na disputa pelo Oscar de Melhor Maquiagem e Penteados. Difícil não ficar empolgado.

Bright se passa na atualidade, mas em uma realidade onde diversas raças fantásticas como elfos, fadas, orcs e humanos convivem. Essas raças ocupam diferentes estratos sociais definidos por guerras do passado (que criaram vencedores e perdedores) e por capacidades naturais que tornam cada uma delas mais eficiente em determinados aspectos. Os orcs foram marcados por terem sido os inimigos durante a "Guerra contra o Senhor da Escuridão" que ocorreu há dois mil anos atrás. Já os elfos alcançaram um lugar mais privilegiado na sociedade graças aos seus sentidos quase sobrenaturais e sua predisposição à magia.

Enquanto orcs são marginalizados e acabam sendo responsáveis por atividades subservientes, elfos comandam o mundo e vivem no luxo. Os humanos? Bom, em Bright nós somos a classe média: Achamos que somos bons demais em relação aos menos favorecidos e invejamos os mais poderosos. É nesse plano de fundo que nos são apresentados os policiais Daryl Ward (Will Smith) e Nick Jakoby (Joel Edgerton). Jakoby é o primeiro orc a entrar para a polícia, o que não agrada ninguém, nem mesmo o astro de "Um Maluco no Pedaço". Mesmo depois de dois mil anos ainda há muito preconceito em relação aos orcs, e Ward não escapa de ser um grande racista quando lida com seu novo parceiro.
O filme poderia focar apenas na relação entre Ward, Jakoby, a polícia e os clãs orcs (que também desprezam Jakoby). A história estaria pronta e teria elementos suficientes para fazer um filme de ação bacana, mas Bright vai mais fundo na fantasia e coloca a dupla improvável de oficiais no meio de uma trama que envolve facções poderosas e um artefato capaz de por o mundo todo em risco.

Bright tem um início envolvente que nos faz compreender a alegoria que é. A fantasia neste caso é apenas uma forma atraente de mostrar ao público coisas que são muito reais: o racismo e o preconceito. A fantasia é apresentada com naturalidade e simplicidade, sem rodeios ou nomes complicados. Existem orcs, elfos, fadas e varinhas mágicas. Nada que já não tenhamos ouvido pelo menos uma centena de vezes. A seriedade empregada ao falar desses assuntos é um fator que favorece bastante a imersão do espectador, e o humor empregado nos diálogos, mesmo não sendo genial, diverte e dá uma pequena quebrada no clima que tende a ficar um pouco pesado às vezes.

O ritmo do filme é frenético até perto da conclusão quando o roteiro se torna previsível, perdendo a chance de criar um final capaz marcar o imaginário do público com a mitologia e a história dessa realidade alternativa. Resumindo: É um filme bom, mas que não aproveitou seu potencial. Esperamos que a continuação pegue o que Bright fez de melhor e desenvolva elementos que foram apenas mencionados superficialmente nessa primeira aventura.

Bright já está disponível na Netflix e você pode assistir o trailer clicando aqui.



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