Jogador N. 1 | Review

Reunindo o máximo de referências da cultura pop das décadas de 1980 e 1990 por minuto, Jogador N. 1 (Ready Player One) é um filme dirigido por Steven Spielberg, que mescla futuro e passado. Imagine aproveitar um altíssimo nível tecnólogico para vivenciar tudo que tornou o fim do século XX tão querido: é isso!

Jogador N. 1 se passa em 2045, 20 anos após o lançamento do jogo de realidade virtual "Oasis" ser lançado. Nesse momento o jogo já está inserido por toda sociedade, e nele cada pessoa pode ser quem e como quiser. Wade Watts é um adolescente que resume sua vida ao jogo, porém após o criador lançar três desafios que darão uma recompensa incrível àquele que elucidá-los, Wade se vê numa disputa que alcança a realidade, e não apenas contra outros jogadores, mas também contra uma poderosa corporação.
Há semelhanças com filmes como Avatar, pelo uso da tecnologia para acessar um avatar dentro de outra realidade; e A Fantástica Fábrica de Chocolate, pois além de conhecimento os desafios exigem provas de valor.

A quantidade de referências pode causar estranhamento, pois no ano de 2045 os jovens conhecem jogos como Mario Kart e Worms, filmes como "O Iluminado" e "Say Anything", e lidam com eles como se fossem itens do seu cotidiano. Isso acontece porque o jogo Oasis foi construído com base em tudo que seu criador tinha vivido nessas décadas, durante sua infância e adolescência. O quanto as pessoas estavam inseridas na cultura pop das décadas de 1980 e 1990, é um termômetro indicando que raramente se desconectavam do jogo para viver o mundo real.

Em Jogador N. 1, embora o protagonista seja o garoto Wade Watts, as personagens femininas se destacam pela astúcia, pelas habilidades de luta e pelo profundo conhecimento da cultura pop e nerd, estando em igualdade com os homens na solução dos desafios que o criador do Oasis construiu.
Apresentando diversidade racial apenas no elenco central, Jogador N. 1 utiliza levemente alguns estereótipos que o cinema costuma aplicar para caracterizar a etnia das personagens. Teria sido bacana expandir essa diversidade, pois em algumas cenas chega a ser incômodo ver tanta gente branca.

Mas em suma, Jogador N. 1 não se apoia em discriminação para criar humor, mas sim em referências, muitas referências, inclusive ousando não apresentar grandes explicações sobre todas elas. Portanto fique atento, e que a Força esteja com você.

Jogador N. 1 chega aos cinemas dia 29 de março.

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